essa ampulheta
sobre a mesa da vida
mede o sussurro dos lábios
e a foice do tempo
essa mesma areia
que prende afunda
e queima
mais soterra o que
dela retiro
a toda ferrugem da morte
essa areia
nos vértices da alma
entre vultos de arcanjos
corrói o corpo
e promete a ardência do fogo
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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2 comentários:
Otávio, parabéns pelo blog. Caminhar por teu "chão de adeus" é sentir que a mesma areia que queima os pés mais sensíveis também pode proteger do impacto na hora da queda.
que maravilha, poeta!
abração.
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