quinta-feira, 15 de novembro de 2007

prisioneiros


será o tempo uma cilada
armada nos cantos das cidades
onde os homens articulam versos
e revoluções?

ou só um ato desatado
num palco de cem cenários
como a cortina deste século
envolta no peso atômico
dos elementos?

será um artifício
que arrebenta a cada instante
as portas escoradas na distância
feito o outro lado do meu corpo andante

a caminhar impune
pelas veias secas dos teus braços?

ou nada há que investigar
nos rostos atônitos das crianças
no cansaço incerto dos passantes?

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