a poeira do teu rosto envelhecido
procuro aves e obeliscos

e sei do grave risco
que traz o anverso da pluma
no míssil que jaz
entre um silo e o silêncio
procuro no céu de maio
o manto branco de Deus
asa suspensa se batendo ao sol
e o distante azul das penas
mas súbito avançam
ogivas com asas de tântalo
semeando a simetria das órbitas
e o rebater dos laser-tipos
na entranha de gasta memória
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